Viana critica “pessimismo militante” das análises sobre a economia do País

Viana critica “pessimismo militante” das análises sobre a economia do País

Senador do Acre pede reflexão sobre corrente de opinião abrigada pela mídia que omite dados positivos, como, por exemplo, 1,5 milhão de novos postos de trabalho

Viana: Não se entende tanto pessimismo e
derrotismo

O senador Jorge Viana (PT-AC) criticou o “pessimismo militante” com os rumos da economia brasileira demonstrado por setores da mídia e da oposição. Em discurso ao plenário, nesta terça-feira (17), ele citou trechos de um artigo publicado pelo empresário Benjamin Steinbruch, na Folha de S.Paulo desta terça-feira (17), no qual ele destaca a geração de empregos, característica da realidade econômica atual, como um dado extremamente positivo para o País, e que todas as análises sobre a conjuntura econômica deveriam ter esse ponto de partida.

“Qualquer observador atento diria que a maior virtude da economia brasileira neste ano foi a geração de empregos”, diz Steinbruch no artigo citado por Viana. “Apesar do PIB fraco, segundo estimativas, o país criou [neste ano] 1,5 milhão de postos de trabalho [com carteira assinada] em 12 meses, excelente resultado se o parâmetro for a União Europeia, por exemplo”.

Para Viana, não há indicador mais preciso para traduzir a economia de um país do que os indicadores de desemprego ou de emprego. “Não sei por que tanto pessimismo”, afirmou o senador. “Não sei por que tanto derrotismo, se aquilo que está na essência de uma boa economia, que é criar oportunidade de trabalho”.

O senador do PT pelo Acre propôs ainda uma comparação dos dados atuais com os do período de 1995/2002, quando o país era governado pelo PSDB – justamente o partido que lidera as críticas ao atual momento econômico.

 “Membros do PSDB falam do desastre que o País está vivendo, mas no período em que eles governaram o crescimento médio foi de 2.3. E agora, no Governo de Lula e Dilma, o crescimento é de 3.6. Onde está o desastre?”, provocou Viana, que continou:

“Talvez queiram apagar o passado. Nós, não. Nós queremos lembrar o passado para que possamos juntos construir um futuro melhor para todos, para a Nação brasileira”, continuou Viana, param em seguida, lançar um alerta para que todos reflitam sobre os verdadeiros interesses por trás da torcida contra o País.

Além de viver uma fase considerada como de pleno emprego — as taxas de desemprego estão na casa dos 5%, segundo o IBGE — o senador citou o leilão do Campo de Libra, as concessões na área de infraestrutura—como a da BR-163, definida na manhã desta terça-feira — e a instalação de uma fábrica de automóveis BMW, inaugurada na última segunda-feira (16) em Santa Catarina, como exemplos de sintomas de um bom momento econômico.

“Onde é que o Brasil está vivendo um desastre? Temos de celebrar alguns números que estavam nos diferenciando das grandes potências mundiais”, afirmou o senador. Apesar disso, ironizou ele, se os executivos alemães que comandam a BMW se informassem sobre o Brasil pelo noticiário da grande imprensa, dificilmente trariam para cá uma fábrica que representa €200 milhões em investimentos e que gera 3.500 empregos.

O senador citou o anúncio publicado pela fábrica alemã, afirmando que “O Brasil é um BMW. Poucos países no mundo cresceram como este (…). A BMW acredita tanto no Brasil que este será um dos poucos países do mundo a poder fabricar os carros da marca. Um privilégio de pouquíssimos”.

Jorge Viana propôs uma reflexão de final de ano a seus pares e ao conjunto dos brasileiros. “Não vamos mascarar problemas ou esconder dificuldades. Mas estamos melhorando e, pelo que já fizemos, podemos fazer muito mais”, defendeu.

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