Mais Médicos: atendimento a hipertensos no SUS cresce 27% em cinco meses

O atendimento a pessoas com hipertensão nos municípios onde trabalham profissionais do Mais Médicos cresceu 27% em novembro de 2013, quando comparado a junho do mesmo ano, antes da chegada dos profissionais. É o que revela um levantamento do Ministério da Saúde sobre os cinco primeiros meses do programa. Nesse mesmo período, também houve aumento de 14,4% na assistência a pessoas com diabetes, de 13,2% no número de pacientes em acompanhamento e de 10,3% no agendamento de consultas.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirma que o impacto do Mais Médicos na saúde do Brasil será ainda maior. “Essas primeiras avaliações que já são identificáveis num curtíssimo espaço de tempo vão impactar no número de internações que são evitáveis pela Atenção Básica à saúde. Nós teremos de fato não só a garantia do acesso, mas uma transformação significativa nas condições de saúde e de vida da população brasileira, em particular, de brasileiros e brasileiras que, muitas vezes, nunca tiveram, ou na maior parte, nunca tiveram a oportunidade de contar com uma equipe de saúde completa”, explica o ministro. Ao todo, 23 milhões de brasileiros já estão sendo atendidos por mais de seis mil e seiscentos profissionais do Mais Médicos em todo o Brasil.

Aparecida de Goiânia (GO) é um dos municípios beneficiados pelo programa Mais Médicos que já sentem o impacto do aumento do número de médicos nas unidades básicas de saúde. No total, o Ministério da Saúde já enviou para a cidade 42 profissionais. A coordenadora da Estratégia Saúde da Família de Aparecida de Goiânia, Érika Rocha, conta que o município tinha apenas 50% dos médicos necessários para as UBSs. “Isso fazia com que a maioria da população no município de Aparecida procurasse os serviços de pronto atendimento, urgência e emergência. Após o início do programa, todo esse déficit foi zerado e a gente percebe já um aumento muito grande da quantidade de consultas agendadas na Atenção básica e um melhor acompanhamento de pessoas portadoras de doenças crônicas ou tidas como grupo prioritário pelo Ministério da Saúde como hipertensos, diabéticos, gestantes e crianças”, afirma a coordenadora.

A população do município de Aparecida de Goiânia é extremamente carente e 90% dependem do SUS. A cidade tem cerca de 500 mil habitantes e muitos casos de hipertensão, hanseníase, diabetes e tuberculose. “Para chegar lá era mais de meia hora porque pode dizer que meia hora é só o tempo que a gente fica no ponto esperando o ônibus. Agora aqui para mim, melhorou muito porque é pertinho, pertinho de casa. Me atende direitinho. Assim que eu chego sou atendida, não tenho nada que reclamar sobre médico”, conta a dona de casa Ana Maria Santos, que é hipertensa e, muitas vezes, procurava atendimento no pronto-socorro da cidade.

Com informações do Blog da Saúde

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