Suplicy expõe problemas da citricultura no Brasil

“É de amplo conhecimento a grave crise por
que passa o setor há anos”

Atento aos problemas enfrentados pelos produtores de laranja, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu atenção das autoridades fazendárias para o setor e a negociação das dívidas. “É de amplo conhecimento a grave crise por que passa o setor citrícola há diversos anos. Apesar dos esforços de pessoas e autoridades, infelizmente as consequências no campo são alarmantes e precisamos agir com maior rapidez”, afirmou o senador em discurso na tribuna do Senado, na tarde desta quarta-feira (12).

O intenso processo de concentração econômica em quatro grandes grupos processadores de suco da fruta  penaliza cada vez mais os pequenos e médios produtores de laranja do País, especialmente os do estado de São Paulo. Há tempos Suplicy tem alertado para esta situação, que se tornou mais grave após uma decisão judicial que condenou os processadores. O conflitou entre as duas partes ficou mais acirrado. “A concentração e a verticalização do setor causaram tamanha distorção no mercado que, sem a atuação forte das autoridades governamentais, essa situação pode piorar ainda mais”, alertou o senador.

Em manifesto lido por Eduardo Suplicy em plenário, os representantes dos produtores de laranja afirmam que apesar de o faturamento do setor, nos últimos 12 anos, ter crescido mais de 62% em valores reais, o preço pago aos produtores não cobria nem a metade dos custos de produção – o que levou à erradicação de mais de 60 milhões de plantas dos pomares paulistas. Segundo o texto, mais de 5.156 propriedades, correspondentes a aproximadamente quatro  mil produtores, foram arrendadas para pagar as dívidas com os bancos.

“O endividamento do setor, nos últimos cinco anos, passou de R$600 milhões para aproximadamente R$1 bilhão. Essa situação é alarmante. Urge que medidas sejam tomadas para a solução do problema, que passa pelo alongamento dessas dívidas”, destacou Suplicy, após se comprometer a enviar o manifesto do citricultores aos ministros aos ministros Guido Mantega (Fazenda), Antônio Andrade (Agricultura) e Miriam Belchior (Planejamento), a fim de que o governo federal possa mediar uma solução para o setor.

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